Salve as sexta-feiras!
Salve todas as mães!
Um dia é pouco para homenagear as mães
Para falar de ser mãe
Minha vida mudou completamente no dia 23 de maio de 2000
Alegrias e grandes desafios é minha definição de ser mãe
“Um dia um exame confirma que você está grávida e a felicidade é imensa e o pânico também. Uau! Vou ser responsável pela criação de um ser humano! A partir daí, nunca mais a vida como era antes. Nunca mais a liberdade de sair pelo mundo sem dar explicações a ninguém. Nunca mais pensar em si mesma em primeiro lugar. Só depois que eles fizerem dezoito anos, e isso demora. E às vezes nem adianta.
O primeiro passo é se acostumar a ser uma pessoa que já não pode se guiar apenas pelos próprios desejos. Você continuará sendo uma mulher ativa, autêntica, batalhadora, independente, estupenda, mas cem por cento livre, esqueça.
Gostaríamos que eles não falassem mal de nós nos consultórios dos psiquiatras, que eles não nos culpassem por suas inseguranças, que não fôssemos a razão de seus traumas, que esquecessem os momentos em que fomos severas demais e que nos perdoassem na vezes em que fomos severas de menos. Há sempre um "demais" e um " de menos" nos perseguindo. Poucas vezes acertamos na intensidade dos nossos conselhos e críticas...
Erramos em forçá-los a gostar de aipo, erramos em agasalhá-los tanto para as excursões do colégio, erramos em deixar que passem a tarde no computador em véspera de prova, erramos em não confiar quando eles dizem que sabem a matéria, erramos em nos escabelar porque eles estão com olhos vermelhos (pode ser só resfriado), erramos quando não os olhamos nos olhos, erramos quando fazemos drama por nada, erramos um pouquinho todo dia por amor e por cansaço.” Trecho de uma crônica de Martha Medeiros
Segue abaixo outro texto que gosto muito
Bom dia!
Boa sexta!
Que nosso dia renda
Seja cheio de bençãos, paz, harmonia
Conchinhas, estrelinhas
Linhas e entrelinhas
“Um dia, quando meus filhos
forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães,
eu hei de dizer-lhes:
- Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que
horas regressarão, para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês
soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia, para os fazer pagar as
balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer
ao dono: "Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar" (...) Mais do que
tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês
poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram). Essas eram as
mais difíceis batalhas de todas.
Estou contente, venci. Porque no final vocês venceram também! E em qualquer
dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que
motiva os pais e mães; quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus
filhos vão lhes dizer:
- "Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo..." As outras
crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer cereais, ovos e
torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e
sorvetes no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e
frutas. E ela nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras mães que
deixavam seus filhos comerem vendo televisão. Ela insistia em saber onde
estávamos à toda hora (ligava no nosso celular de madrugada e
"fuçava" nos nossos e-mails). Era quase uma prisão! Mamãe tinha que
saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia, que lhe
disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou
menos. Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela "violava as leis do
trabalho infantil". Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas
bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho que achávamos
cruéis. Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar
fazer.Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e
apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos
pensamentos. A nossa vida era mesmo chata! Ela não deixava os nossos amigos
tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para ela
os conhecer. Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos
que esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava
para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar).
Por causa de nossa mãe, nós
perdemos imensas experiências na adolescência. Nenhum de nós esteve envolvido
com drogas, em roubo, em atos de vandalismo em violação de propriedade, nem
fomos presos por nenhum crime. Agora que já somos adultos, honestos e educados,
estamos a fazer o nosso melhor para sermos "PAIS MAUS", como ela foi.” Trechos de um texto de Roberto Candelori